Eterno Segundo Novo.


Lá estava ela, toda de branco,
toda arrepiada por causa
daquele vento fresco,
ela me puxou pela mão, e eu fui,
me choquei contra a pequena
onda da praia silenciosa,
era como se ela tivesse criado
um mundo novo só para nós,
um mundo com contagem
regressiva pra acabar, até
podia ouvir algumas vozes
gritando dez, nove, oito...
Na paisagem perfeita surgiam
pinceladas coloridas, que
se expandiam sobre o céu,
e caiam devagar até tocar
o mar, se duplicando e se
desfazendo na água.
Ela segurou minha cintura
e me puxou pra perto,
não, eu não a beijei,
só mergulhei em seu cheiro,
tudo durou eternos segundos,
de um eterno ano novo.